quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Deixa pra Clarice

Desculpa pela demora. É que de repente eu fiquei burra. Toda vez que eu tento completar uma frase ela ja se transformou no maior clichê de todos os tempos porque tudo que eu penso é tão infantil quanto a minha aparência, minha voz e meu jeito de menina de catorze anos, café com leite na vida, que se permite rir demais dos próprios erros e falar muito fino quando fica tímida e está sempre envergonhada por ser e estar e parecer uma menina de catorze anos - "Quem sabe ainda sou uma garotinha", viu?! Já escreveram, cantaram, gritaram tudo o que eu tento. - Registrar.

O pior é que você conhece as pessoas, elas ligam pra você, você não atende e elas ligam de novo, convidam você, levam você, gostam de você, ligam pra você, admiram você, elogiam você, escrevem você, leem você, LIGAMPRAVOCÊ, confiam em você, nomeiam você, elegem você e só não matam você porque a essa altura você já se tornou um monstro de quem até você tem medo. Mas agora... Pronto, precisam de você. Iiiiiiih... Agora... Já era. Deu mole. Foi. Falasse antes. Se vira. Paciência. Não dá pra voltar. Melhor nem pensar. Não tem 'se'. Engole o choro. Faz parte. Aguenta. Não vai fazer feio. Feia. Segura o bicho. Segura as pontas. Não apronta. Não adianta. Nem vem. Guenta firme. Junto. Fica. Tudo passa, um pouco já passou, tá passando, 'tudo passa o tempo todo no mundo'- de novo, viu?! Desisto.

4 comentários:

  1. ô, pequena. pequena enorme grande tão alto que o tombo é de desmaiar no meio da queda. dá pra ver vc ali caindo pequena leve, os olhos bem janelas abertas. e lá dentro todo tipo de cena já pronta desmanchando como guache na água e colorindo outra imagem até que enfim... fechar os olhos

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